As novas tecnologias da informação e comunicação na promoção dos mecanismos de comunicação interna e externa da escola

As novas tecnologias da informação e comunicação na promoção dos mecanismos de comunicação interna e externa da escola


A partilha de experiências é um elemento essencial na estrutura empresarial e que a escola deve assumir. Os mecanismos de comunicação internos e externos devem constituir uma preocupação permanente de qualquer escola.

Os mecanismos de comunicação interna envolvem: o grupo gestor e todos os intervenientes no processo de ensino aprendizagem (considerando-se a família como elemento interno à escola) e vice-versa; as diversas áreas de conhecimento dos educadores (essência da interdisciplinaridade) e vice-versa; os docentes e os docentes (independentemente da comunicação de âmbito pessoal); os docentes e dos alunos e vice-versa; os docentes e os auxiliares educativos e vice-versa; os auxiliares e os alunos e vice-versa.

Estes mecanismos de comunicação podem assumir caráter profissional, pessoal explícito e subliminar (responsável em grande medida pelo currículo oculto).

Os mecanismos de comunicação externa envolvem: o grupo gestor e a comunidade e vice-versa; o grupo gestor e as estruturas representativas dos docentes e auxiliares educativos e vice-versa; o grupo gestor e as estrutura educacionais superiores e vice-versa; os docentes e a comunidade e vice-versa; os docentes as suas estruturas representativas e vice-versa; os auxiliares educativos e as suas estruturas educacionais e vice-versa; grupo gestor e grupos gestores de outras escolas e vice-versa; docentes e docentes de outras escolas e vice-versa; alunos e alunos de outras escolas e vice-versa.

Os mecanismos de comunicação internos e externos devem assumir o papel de diálogo em que ambas as partes comunicam e esperam ouvir respostas e aprender nesse processo de contínuo feedback.

As novas tecnologias da informação e comunicação poderão ter nesse processo um relevante papel. Contudo a escola não poderá cair na tentação de apenas assumir as novas tecnologias possibilitarem uma rápida comunicação de um para muitos. Ela deverá assumir a interatividade que as novas tecnologias possibilitam. Se os pais não vão às reuniões porque não criar um espaço de discussão on-line com os pais, em que se debatam os problemas e as propostas das escolas. Se os professores não falam entre si, porque não criar listas de discussão internas para a apresentação de idéias e discussão coletiva de projetos. Por que não criar espaços de parceria entre os alunos de várias escolas? Porque não criar espaços de partilha de sinergias entre várias escolas?

Quaisquer que sejam as oportunidades que as tecnologias proporcionem de comunicação o verdadeiro diálogo parte do sujeito. O desejo de dar sem esperar receber em troca e aí a escola tem muito para dar. Quantas vezes as escolas têm espaço físico (salas de aula, pavilhões esportivos, laboratórios de informática) e profissionais qualificados, mas ficam fechados ao fim de semana. Isolados da comunidade que os paga e mantém. Aí o diálogo terá de ser rosto no rosto: primeiro do docente perante ele próprio assumindo o seu papel de educador e de cidadão e segundo da escola face à comunidade assumindo o seu papel de promovedora de cidadania e desenvolvimento e igualdade social.

Elaborado por João José Saraiva da Fonseca

Postado por João José Saraiva da Fonseca em 23 de fevereiro de 2009

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