A língua enquanto fator limitante à inteligência coletiva
O filósofo e pensador do ciberespaço Pierre Levy foi destaque no V Fórum de Internet Corporativa promovido pela Agência Gaúcha de Agências de Internet (AGADi)na PUCRS no dia 24 de setembro de 2009.
Destaco algumas das afirmações feitas por Pierre Levy no evento:
"A internet aumenta as nossas capacidades cognitivas, tanto individuais quanto coletivas".
Levy afirma que a maior limitação hoje para a inteligência coletiva, são as línguas. "Mesmo com os tradutores automáticos, muitas pessoas não conseguem se comunicar na web".
Ele acredita que caminhamos para uma nova linguagem dentro da rede. Ele próprio admite não saber exatamente como será essa nova língua, se limitando a dar são pistas. Para o filósofo - prepare-se que a coisa é abstrata -, o caminho é a codificação de ideias. Conceitos e ideias que se disseminam na cultura contemporânea futuramente vão virar códigos manipuláveis por computadores. "Não podemos entender muito bem hoje essas novas linguagens. Nunca tivemos experiência com nada parecido. Mas se você fosse explicar para alguém do século XIX o que seria a internet, essa pessoa também não conseguiria entender".
Levy avisa que as linguagens mencionadas vão muito além daquilo que, na informática, está se chamando de web semântica - novas tecnologias que permitirão às máquinas entender mais precisamente o sentido dos dados e conectá-los melhor. O que, na prática, representará um passo gigantesco na qualidade da navegação e dos serviços oferecidos na rede.
Levy visualiza um ciberespaço em que será possível simular e representar a inteligência coletiva humana tal qual ela se desenvolve na sociedade offline. Quando isso acontecer, a inteligência coletiva online será o grande motor do desenvolvimento humano.
Mais do que isso: quando o mundo intelectual humano for transposto para dentro da web, será possível compreender, afinal de contas, como exatamente funciona a difusão de ideias e a construção de conhecimento nas sociedades. Uma coisa Levy dá como
certo: nada disso vai começar a aparecer antes de 2015.
Apresento um resumo em vídeo das palavras do teórico durante o evento.
Fonte: Revista Amanhã
Postado em 27 de agosto de 2009 por Joao Jose Saraiva da Fonseca
Destaco algumas das afirmações feitas por Pierre Levy no evento:
"A internet aumenta as nossas capacidades cognitivas, tanto individuais quanto coletivas".
Levy afirma que a maior limitação hoje para a inteligência coletiva, são as línguas. "Mesmo com os tradutores automáticos, muitas pessoas não conseguem se comunicar na web".
Ele acredita que caminhamos para uma nova linguagem dentro da rede. Ele próprio admite não saber exatamente como será essa nova língua, se limitando a dar são pistas. Para o filósofo - prepare-se que a coisa é abstrata -, o caminho é a codificação de ideias. Conceitos e ideias que se disseminam na cultura contemporânea futuramente vão virar códigos manipuláveis por computadores. "Não podemos entender muito bem hoje essas novas linguagens. Nunca tivemos experiência com nada parecido. Mas se você fosse explicar para alguém do século XIX o que seria a internet, essa pessoa também não conseguiria entender".
Levy avisa que as linguagens mencionadas vão muito além daquilo que, na informática, está se chamando de web semântica - novas tecnologias que permitirão às máquinas entender mais precisamente o sentido dos dados e conectá-los melhor. O que, na prática, representará um passo gigantesco na qualidade da navegação e dos serviços oferecidos na rede.
Levy visualiza um ciberespaço em que será possível simular e representar a inteligência coletiva humana tal qual ela se desenvolve na sociedade offline. Quando isso acontecer, a inteligência coletiva online será o grande motor do desenvolvimento humano.
Mais do que isso: quando o mundo intelectual humano for transposto para dentro da web, será possível compreender, afinal de contas, como exatamente funciona a difusão de ideias e a construção de conhecimento nas sociedades. Uma coisa Levy dá como
certo: nada disso vai começar a aparecer antes de 2015.
Apresento um resumo em vídeo das palavras do teórico durante o evento.
Fonte: Revista Amanhã
Postado em 27 de agosto de 2009 por Joao Jose Saraiva da Fonseca
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