O Mito dos Dados Objetivos


a photo of a person taking a photo with a cell phone, with the background blurred, to symbolize the diversity of possible interpretations in data collection. Another option would be an image of a person in an urban environment, surrounded by electronic and technological devices, such as smartphones, tablets and cameras, to illustrate the influence of technology on data collection and interpretation.

Será que realmente podemos confiar nos dados objetivos?

O mito dos dados objetivos é um equívoco histórico que distorce a coleta de dados. A objetividade surgiu no século XIX com a fotografia, mas logo se descobriu que as imagens produzidas por dispositivos fotográficos têm distorções próprias. A ideia de que as máquinas permitem ver a verdadeira realidade não é mais aceita em visualização científica.

Mesmo quando a coleta de dados parece estar controlada, as interpretações que envolvem a criação de dados são diversas e situadas socialmente, e isso é muitas vezes ignorado. Como exemplo, um censo de movimento coletado de smartphones revela uma enorme quantidade de decisões interpretativas que são feitas, desde a seleção de um modelo de telefone para a coleta de dados até a escolha do estilo de caminhada.

É importante reconhecer que os dados não falam por si mesmos, e que é necessária uma compreensão completa do contexto em que foram coletados para avaliar a sua precisão. A dicotomia entre objetividade e subjetividade é uma visão simplista e equivocada que distorce a realidade da coleta de dados.

No final das contas, a coleta de dados está sempre sujeita a interpretações e decisões que são influenciadas pelo contexto social. 

É preciso reconhecer que os dados nunca são neutros e que a objetividade é um mito. 

Propomos que comentem a temática do texto.

Fonte: MIT Press (adaptada)


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