EDUCAÇÃO, MULTICULTURALIDADE, PÓLIS E CIDADANIA
EDUCAÇÃO, MULTICULTURALIDADE, PÓLIS E CIDADANIA
A vida do homem na Terra sempre foi marcada pela multiculturalidade. A relação do homem face à multiculturalidade tem mudado ao longo dos séculos. Exemplos de posturas diferenciadas do homem face à multiculturalidade encontramos ao longo da expansão da Europa na África, América e Oceania, no regime nazista e nos nossos dias no conflito israelense-árabe.
A sociedade cognitiva transforma-se numa Paidéia global que transforma qualquer espaço e tempo em oportunidade para permanente criar e aprender cooperativamente com o outro. Numa dicotomia constante entre o global e o local, o homem tem de construir um referencial cultural complexo e permanentemente ajustável, que lhe permita relacionar-se simultaneamente com o próximo e o longínquo, seja ele humano, informacional, cultural, etc.. A construção de uma visão integrada do posicionamento do sujeito face ao global e ao local, só será possível tendo como suporte os princípios democráticos da interação, diálogo e respeito mútuo.
A educação do novo milênio envida esforços para enraizar os seres humanos numa visão holística do mundo, integrando o global e o local, o individual e o coletivo, a identidade e a diferença na persecução de um cidadão planetário capaz de traçar e redefinir permanentemente um projeto de vida e utopia.
A utopia educativa na sociedade do conhecimento passa obrigatoriamente pelo protagonismo do combate às formas de injustiça não apenas socioeconômicas, mas também culturais ou simbólicas, num processo de co-educação coletiva e dialógica, visando uma postura reivindicativa de uma cultura de respeito e valorização da diferença e de uma política social de igualdade, numa sociedade de pessoas e não do mercado.
Quando falamos em produzir materiais para a educação a distância a questão multicultural aflora com particular pertinência. A educação a distância propõe-se proporcionar a todos condições de acesso a uma educação de qualidade e simultaneamente terá de corresponder às expectativas de não excluir do processo de construção do conhecimento ninguém por questões multiculturais. Os materiais produzidos levarão consigo o grito de revolta aos que se acomodam passivamente à situação de dominados, estenderão a mão para um trabalho cooperativo ao derrotados pelo preconceito da ignorante, quebrará as grilhetas aos que se encontram amarrados ao mastro de uma barca que navega no mar da mensagem massificada, recusando-se encantar pelo canto das “sereias” das culturas agora redescobertas.
Os materiais produzidos serão o arauto de uma nova polis onde os cidadãos terão as habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para atuar e interagir no âmbito de diferentes culturas, promotor da ecologia profunda, da unidade do gênero humano e da paz universal.
Os materiais produzidos serão o suporte de um projeto educativo focalizado nas preocupações de quem é vitima de preconceitos e descriminações multiculturais e no respeito pelo ser humano, e fundado nos princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal Brasileira.
Texto de João José Saraiva da Fonseca
Postado em 4 de janeiro de 2009 por João José Saraiva da Fonseca
A vida do homem na Terra sempre foi marcada pela multiculturalidade. A relação do homem face à multiculturalidade tem mudado ao longo dos séculos. Exemplos de posturas diferenciadas do homem face à multiculturalidade encontramos ao longo da expansão da Europa na África, América e Oceania, no regime nazista e nos nossos dias no conflito israelense-árabe.
A sociedade cognitiva transforma-se numa Paidéia global que transforma qualquer espaço e tempo em oportunidade para permanente criar e aprender cooperativamente com o outro. Numa dicotomia constante entre o global e o local, o homem tem de construir um referencial cultural complexo e permanentemente ajustável, que lhe permita relacionar-se simultaneamente com o próximo e o longínquo, seja ele humano, informacional, cultural, etc.. A construção de uma visão integrada do posicionamento do sujeito face ao global e ao local, só será possível tendo como suporte os princípios democráticos da interação, diálogo e respeito mútuo.
A educação do novo milênio envida esforços para enraizar os seres humanos numa visão holística do mundo, integrando o global e o local, o individual e o coletivo, a identidade e a diferença na persecução de um cidadão planetário capaz de traçar e redefinir permanentemente um projeto de vida e utopia.
A utopia educativa na sociedade do conhecimento passa obrigatoriamente pelo protagonismo do combate às formas de injustiça não apenas socioeconômicas, mas também culturais ou simbólicas, num processo de co-educação coletiva e dialógica, visando uma postura reivindicativa de uma cultura de respeito e valorização da diferença e de uma política social de igualdade, numa sociedade de pessoas e não do mercado.
Quando falamos em produzir materiais para a educação a distância a questão multicultural aflora com particular pertinência. A educação a distância propõe-se proporcionar a todos condições de acesso a uma educação de qualidade e simultaneamente terá de corresponder às expectativas de não excluir do processo de construção do conhecimento ninguém por questões multiculturais. Os materiais produzidos levarão consigo o grito de revolta aos que se acomodam passivamente à situação de dominados, estenderão a mão para um trabalho cooperativo ao derrotados pelo preconceito da ignorante, quebrará as grilhetas aos que se encontram amarrados ao mastro de uma barca que navega no mar da mensagem massificada, recusando-se encantar pelo canto das “sereias” das culturas agora redescobertas.
Os materiais produzidos serão o arauto de uma nova polis onde os cidadãos terão as habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para atuar e interagir no âmbito de diferentes culturas, promotor da ecologia profunda, da unidade do gênero humano e da paz universal.
Os materiais produzidos serão o suporte de um projeto educativo focalizado nas preocupações de quem é vitima de preconceitos e descriminações multiculturais e no respeito pelo ser humano, e fundado nos princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal Brasileira.
Texto de João José Saraiva da Fonseca
Postado em 4 de janeiro de 2009 por João José Saraiva da Fonseca
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